Na última sessão legislativa, realizada no dia 3, o presidente da Câmara, Ricardo Giordani e o vereador José Galvão trocaram farpas ao abordarem sobre o futuro político da cidade, prevendo as eleições municipais em outubro, tendo como estopim o debate sobre a situação das estradas e ruas localizadas na zona rural do município.
José Galvão, vereador declarado de oposição, lamentou os problemas detectados na zona rural, antes mesmo dos períodos de chuvas: “inúmeros problemas na zona rural como na Chácaras Carolina. Enormes crateras nas ruas há meses. As chuvas colaboram, mas o problema é recorrente. Outras áreas rurais estão em péssima condições. Nos parece que a secretaria está engessada. Inadmissível chegar no último ano do governo desta forma”, afirma o vereador de oposição, José Galvão.
O líder do governo, Thiago Gonçales apresentou uma relação de investimentos como a compra de equipamentos, além de ressaltar o trabalho de mapeamento de toda a extensa área rural. “Infelizmente que tem menos culpa e sofre é a população. Mesmo com todos os números que apresentamos da evolução do trabalho realizado fica complicado, as vezes, entenderem o descaso dos últimos 12 anos. Em 3 anos não vamos resolver tudo.
Ricardo respondeu as críticas: “Hoje os que criticam são justamente os que estão aliados ao passado mais indecente que a cidade já teve, que foi o governo do senhor Herculano Passos. Ele não é candidato porque está inelegível e por isso ele quer colocar à mulher dele goela abaixo na população ituana, mas isso não vai acontecer. A gente tem certeza que isso não vai acontecer e essa tragédia não vai se repetir, e que ainda tem reflexos até hoje”.
O presidente também destacou o trabalho realizado no Pirapitingui, considerada como uma “revolução” em virtude das obras do sistema Pirajibu e o recapeamento das vias do bairro; além de citar os prejuízos da terceirização do sistema de água, agora gerenciada pela CIS.
O oposicionista José Galvão também retrucou: “Com todo o respeito, eu acho que é um pouco de presunção de vossa excelência e tom de soberba ao falar que ‘nós não vamos permitir’. Eu não apoio o Executivo, mas não posso dizer que não tem chances. Até mesmo um poste ou cidadão que se candidate tem chance de se eleger. Não vou entrar no mérito da briga e quem decide é o povo”.
Ricardo ainda ponderou: “Quando digo ‘nós’ também incluo o povo ituano. A cidade de Itu não permitirá que essa desgraça recaia sobre as nossas cabeças”.
Votação – Além dos debates, os vereadores também aprovaram projetos de lei como o Título de Cidadania Ituana a José Carlos da Fonseca, popularmente conhecido como ‘Coquinha’, de autoria do vereador Rodrigo Macruz.
Em segunda e definitiva discussão também foram aprovados os projetos como o Dia Municipal do Juiz de Paz, do Juiz Arbitral, do Juiz Leigo, do Juiz Eclesiástico, do Conciliador e do Mediador; a proibição dos estabelecimentos comerciais do município de Itu de submeterem os consumidores à conferência de mercadorias após efetivado o pagamento e a liberação em seus caixas registradores”; a criação da Semana Municipal dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável; denominação do loteamento “Jardim Estância Bom Viver” e da quadra poliesportiva no Centro Esportivo e de Lazer professor André Franco Montoro como “Luiz Sebastião Gonçalves Filho – ‘Luizinho’”, além da criação do “Dia do Maçom”, em primeira discussão.
Adiados – Foram adiados dois projetos de autoria dos vereadores Benedito Roque Moraes e Rodrigo Macruz, que tratam da proibição de participação em licitações e celebração com o Poder Público de contratos administrativos de obras, serviços, compras, alienações e locações por empresas que respondam a processos criminais, e a autorização do registro como Microempreendedor Individual (MEI) de servidores públicos, respectivamente. Os projetos de Decreto Legislativo seguem para promulgação do presidente Ricardo Giordani.